Tenho de confessar, antes de mais, que estou a atravessar uma fase de desencanto pelo futebol. Não apenas pelo futebol praticado pela equipa leiriense, mas pelo futebol no geral. Talvez um condicione o outro .Aquela equipa que considerei, no dia 1 de Julho de 2007, a mais equilibrada dos últimos… 5 anos. Lembrei-me do Real Madrid de Carlos Queirós e de Camacho: por muito boa vontade que tivessem, por muito bons jogadores que fossem, simplesmente, não resultavam como equipa. E se bem me lembro, o Real atravessou a pior das crises: muito dinheiro gasto, outro tanto investido e retorno abaixo de zero.Não pretendo que os artigos que escrevo sejam tomados como verdades absolutas; tomem-nos como os desabafos de uma louca. Adiante, e voltando ao relato. A dado momento, o narrador do jogo disse qualquer coisa como “(…) isto não é de profissional (…)”. Sempre fui acérrima defensora do profissionalismo destes homens. Normalmente, e como treinador de bancada que se preze, colocava a culpa no esquema táctico ou nas escolhas do treinador – atenção! Paulo Duarte e Vítor Oliveira são duas pessoas por quem tenho um respeito imenso. Mas, de repente, dei por mim a questionar a seriedade profissional dos atletas. Um momento de fraqueza, justifico agora. Não passará de desmotivação. Também já não culpo o treinador! Nem os esquemas tácticos! Nem o sistema. Todas as equipas passam por épocas más. Esta foi a da UD Leiria. Depois de 10/11 anos na mó de cima, qualquer coisa falhou. Lembremo-nos do Vitória de Guimarães e vejamos onde está agora: a competir por um lugar na Liga dos Campeões. Fixemos os bons exemplos para não desanimar. Esta semana a União de Leiria venceu o Sp.Braga e segundo rezam as crónicas, a vitória foi justa, pena que já venha tarde.
Até para a semana!
Cristina Duarte