Esta semana ?deu-me? para falar de um tema de que gosto particularmente: Arbitragem. Quantas vezes já ouvimos dizer: ?não � fácil ser-se árbitro neste pa�s?.
Pois eu já concordei mais com esta afirmação. Das conversas que tenho com pessoas ligadas à arbitragem e pelo que vou acompanhando diariamente, concluo que hoje em dia em Portugal, já compensa ser árbitro de futebol e já foi muito mais dif�cil exercer essa função. Um árbitro de I e II liga em Portugal aufere valores que podem ser superiores a quatro mil euros, sendo portanto normal que os restantes agentes do futebol (jogadores, atletas, público, imprensa, etc.) exijam qualidade ao sector da arbitragem. Mas tamb�m � justo dizer que melhorou significativamente a arbitragem em Portugal nos últimos anos, e para isso muito contribuiu o esforço de todos os organismos ligados à arbitragem que têm defendido cada vez mais e melhor os direitos dos árbitros e a sua formação. Sendo este um artigo de opinião, e sabendo que não sou um especialista em arbitragem, exponho aqui o meu ponto de vista: a melhoria da arbitragem deve-se sobretudo a uma evolução cultural de todos os intervenientes no jogo. Virando-me agora um pouco mais para os campeonatos distritais, facilmente concordamos que a vida de um árbitro há 10 anos atrás era muito mais complicada, a todos os n�veis. Hoje, as instalações desportivas estão melhor, o árbitro � mais apoiado (a formação, o aspecto monetário, maior organização do sector, os núcleos de arbitragem, etc.), a formação de todos os intervenientes teve uma evolução positiva natural (jogadores, t�cnicos, dirigentes, imprensa, e o pr�prio público, têm um maior conhecimento das leis do jogo). Todos estes factores reunidos ajudaram a fazer esquecer uma imagem muitas vezes negativa que existia da arbitragem em geral, e registou-se uma melhoria vis�vel no sector, podendo mesmo dizer-se que: Ser árbitro, já não � o que era. E ainda bem, digo eu.
Filipe Ferreira Ruivo